Dez meses após entrarem em vigor, em 2 de janeiro de 2025, as regulamentações conhecidas como “Strippers’ Bill of Rights” em Washington mostram avanços e desafios na prática, oferecendo um balanço sobre o impacto na segurança e valorização dos profissionais do entretenimento adulto.
Avanços na segurança
A obrigatoriedade de botões de pânico em banheiros e camarins e a presença contínua de seguranças reforçaram a sensação de proteção dos trabalhadores. Relatórios do Departamento de Trabalho de Washington indicam que o tempo médio de resposta a incidentes caiu em 40% desde a implementação das regras. Muitos artistas relatam ter se sentido mais seguros para denunciar comportamentos abusivos sem receio de retaliações.
Proteções financeiras consolidadas
A limitação de taxas cobradas pelos estabelecimentos – máximo de US$ 150 por turno ou 30% dos ganhos, o menor valor entre ambos – reduziu em média 25% a dívida acumulada (“back rent”) dos artistas em comparação ao modelo anterior. A proibição de retenção das gorjetas também aumentou em 30% a renda líquida mensal dos trabalhadores, segundo análise de sindicatos locais.
Capacitação e canais de denúncia
Todos os estabelecimentos concluíram o treinamento obrigatório de funcionários sobre conduta e suporte aos artistas, e 85% dos entertainers passaram por oficinas de direitos e prevenção de riscos, conforme dados oficiais. Além disso, o sistema de queixas foi digitalizado, reduzindo em 50% o tempo de apuração de denúncias e aumentando a taxa de resolução de casos em 20%.
Desafios e brechas
Apesar dos resultados positivos, surgiram brechas exploradas por alguns clubes: a adoção de modelos de “compartilhamento de receita” para driblar os limites de taxa tem gerado disputas judiciais. Há ainda relatos de manutenção insuficiente dos botões de pânico em locais de menor movimento e da necessidade de maior fiscalização sobre a lista de clientes banidos, que em 20% dos casos não está atualizada.
Perspectivas futuras
Com a lei servindo de modelo para outros estados, legisladores avaliam aprimorar a legislação, incluindo auditorias anuais obrigatórias e sanções mais severas para estabelecimentos que descumprirem os padrões de segurança. O balanço até agora reforça que as normas elevaram o patamar de proteção e reconhecimento da categoria, mas exigem ajustes contínuos para fechar lacunas e garantir aplicação uniforme em todo o setor.
